Os poetas da Primeira República
2010-01-26
Deram os versos por uma causa na tentativa de ajudar uma mudança político-social que vinha florescendo em Portugal. Foram poucos mas marcaram uma época. Guerra Junqueiro e Antero de Quental são os poetas que representam com mais maestria a poesia com orientação política republicana.
É um erro, contudo, pensar que todos os poetas que viveram o acontecimento lutaram por ele nos seus escritos. O projecto de leitura de poesia em língua portuguesa “Jograis do Atlântico”, formado por Francisco Félix Machado e Edite Gil preparou, no âmbito do centenário da Primeira República, uma selecção de textos que apresentaram na semana passada no Porto.
Não foi uma tarefa fácil seleccionar poemas entre 1890, data do Ultimato inglês, a 1926, ano do fim da Primeira República. “É um período de grande produtividade poética”, nota Francisco Félix Machado.
A leitura começa com João Penha e acaba com António Botto. Pelo meio, encontramos Manuel Laranjeira, Jaime Cortesão, Camilo Pessanha, Mário de Sá Carneiro, Florbela Espanca e, entre outros, Fernando Pessoa.
Críticas ao clero e a situação do país
Guerra Junqueiro é, para Francisco Félix Machado e Edite Gil, o poeta que melhor representa os ideais da Primeira República. É assumidamente anticlerical, dirigindo críticas ao clero na sua obra “A velhice do padre eterno”. Já em "Finis Patriae", o poeta faz um retrato crítico de todo o sistema político do país.
Apesar de serem poucos os poetas que assumem explicitamente a orientação política nos seus versos, Edite Gil refere que é possível encontrar “laivos republicanos” em quase todos os autores da época.
@Alice Barcellos in http://livros.sapo.pt/noticias/artigo/17125.html
Estou pronta! VIVA A REPÚBLICA!
ResponderEliminarCelina