terça-feira, 29 de junho de 2010

110º aniversário de Saint-Exupéry

O principezinho

- Julgava-me muito rico por ter uma flor única no mundo e, afinal só tenho uma rosa vulgar...
Foi então que apareceu uma raposa .
- Olá, bom dia! - disse a raposa.
- Olá, bom dia! – respondeu delicadamente o principezinho...
-Anda brincar comigo - pediu o principezinho. Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa.
- Ainda ninguém me cativou... Andas á procura de galinhas? -diz a raposa.
- Não... Ando à procura de amigos. O que é que "cativar" quer dizer?
-Quer dizer que se está ligado a alguém, que se criaram laços com alguém.
-Laços?
-Sim, laços - disse a raposa.
-Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativares, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo...
-Tenho uma vida terrivelmente monótona... – disse a raposa - mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia de Sol.
-Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... Não me fazem lembrar nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti...
- Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa.
- Os homens, agora já não têm tempo para conhecer nada. Compram as coisas feitas aos vendedores. Mas como não há vendedores de amigos, os homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me!
-E o que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto... Se vieres sempre às quatro horas, às três já eu começo a ser feliz...
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida:
- Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar...
-Então não ganhaste nada com isso!
- Ai isso é que ganhei! - disse a raposa.
- Por causa da cor do trigo... - Depois acrescentou:
- Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. O principezinho lá foi...
-Vocês não são nada - disse-lhe ele. - Não há ninguém preso a vocês..., não se pode morrer por vocês... A minha rosa sozinha vale mais do que vocês todas juntas, porque foi a ela que eu reguei, que eu abriguei... Porque foi a ela que eu ouvi queixar-se, gabar-se e até, às vezes, calar-se. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para ao pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. - vou-te contar o tal segredo. É muito simples: Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos... Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa.- Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti. Tu és responsável pela tua rosa...

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

José Saramago - Vida e Obra


BIOGRAFIA

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas.
No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, como desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 vive exclusivamente do seu trabalho literário.

AS OBRAS DE JOSÉ SARAMAGO

Romances: Terra do Pecado, 1947, Manual de Pintura e Caligrafia, 1977, Levantado do Chão, 1980, Memorial do Convento, 1982, O Ano da Morte de Ricardo Reis, 1984, A Jangada de Pedra, 1986, História do Cerco de Lisboa, 1989, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991, Ensaio Sobre a Cegueira, 1995, Todos os Nomes, 1997, A Caverna, 2000, O Homem Duplicado, 2002, Ensaio Sobre a Lucidez, 2004, As Intermitências da Morte, 2005, A Viagem do Elefante, 2008, Caim, 2009.

Peças teatrais: A Noite, Que Farei com Este Livro?, A Segunda Vida de Francisco de Assis, In Nomine Dei, Don Giovanni ou O Dissoluto Absolvido
Contos: Objecto Quase, 1978, Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido, 1979, O Conto da Ilha Desconhecida, 1997
Poemas: Os Poemas Possíveis, 1966, Provavelmente Alegria, 1970, O Ano de 1993, 1975

Crónicas: Deste Mundo e do Outro, 1971, A Bagagem do Viajante, 1973, As Opiniões que o DL Teve, 1974, Os Apontamentos, 1977

Diário e Memórias: Cadernos de Lanzarote (I-V), 1994, As Pequenas Memórias, 2006

Viagens: Viagem a Portugal, 1981

Infantil: A Maior Flor do Mundo, 2001

LIVROS QUE PODE REQUISITAR NA BIBLIOTECA ESCOLAR


quarta-feira, 16 de junho de 2010

2º Evento CNO a Ler+ " Vamos de Férias com os Livros!"



Caros amigos, após o sucesso do último evento, resolvemos dar continuidade aos nossos encontros de leitura, por essa razão, e porque as férias se aproximam, vamos fazer-nos acompanhar de um bom livro, fazendo deste, um fiel companheiro de viagem...
No próximo dia 5 de Julho de 2010, pelas 19h30, estaremos presentes na Biblioteca da Escola Secundária do Monte de Caparica, para vos receber e partilhar convosco mais esta experiência...
Apareçam... há gelados para nos refrescar!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

“Faça lá um poema”

Ler é sonhar de olhos abertos,
È esquecer a amargura,
Vivendo os momentos certos,
Que ler reforça a cultura.


Ler revistas e jornais,
E ler livros amiúde,
Mesmo antigos manuais,
Que ler faz bem à saúde.


Pego num livro e leio,
Sem o deixar pelo meio,
P´ra saber o fim da história,

Verdadeira ou fantasia,
Em prosa ou em poesia,
Que ler faz bem à memória.

Fernando Figueiredo, Curso EFA 12ºB

quarta-feira, 2 de junho de 2010